segunda-feira, 13 de maio de 2013

Debate: Sede de Justiça!



Olá caro leitor!
Como todos nós sabemos a Maioridade penal,é um assunto muito debatido em toda a sociedade.Hoje venho aqui pedir-lhes que nos comentários dessa postagem,você nos diga a sua opinião.VOCÉ É A FAVOR,OU CONTRA A PRISÃO DE MENORES INFRATORES? (Lembrando que não estaremos sujeitos a críticas,pois cada um tem a sua idealização)


segunda-feira, 25 de julho de 2011

Os Bombardeamentos em Hiroshima e Nagasaki

Na manhã de 6 de Agosto de 1945, a Força Aérea Americana largou a arma nuclear Little Boy na cidade de Hiroshima (Japão), à qual se seguiu, três dias mais tarde, a detonação da bomba Fat Man sobre Nagasaki. As estimativas do número total de mortos variam entre 100.000 e 220.000, sendo algumas estimativas consideravelmente mais elevadas quando são contabilizadas as mortes posteriores devido à exposição à radiação. Mais de 90% dos indivíduos mortos eram civis.
A nuvem-cogumelo Fat Man, resultante da explosão nuclear sobre Nagasaki, eleva-se a 18 km na atmosfera sobre o hipocentro.
O papel dos bombardeamentos na rendição do Japão, assim como seus efeitos e justificações, foram submetidos a muito debate. Nos E.U.A., o ponto de vista que prevalece é que os bombardeios terminaram a guerra meses mais cedo do que haveria acontecido, salvando muitas vidas que seriam perdidas em ambos os lados se a invasão planejada do Japão tivesse ocorrido. No Japão, o público geral tende a crer que os bombardeios foram desnecessários, uma vez que a preparação para a rendição já estava em progresso em Tóquio.

Prelúdio aos bombardeios

Os Estados Unidos, com auxílio do Reino Unido e Canadá, projectaram e construíram as bombas sob o nome de código Projeto Manhattan inicialmente para o uso contra a Alemanha Nazista. O primeiro dispositivo nuclear, chamado Gadget, foi testado no Novo México a 16 de Julho de 1945. As bombas de Hiroshima e Nagasaki foram a segunda e terceira a serem detonadas e as únicas que já foram empregues como armas de destruição em massa.
Hiroshima e Nagasaki não foram as primeiras cidades do Eixo a serem bombardeadas pelas forças Aliadas, não tendo sido a primeira vez que tais bombardeamentos tenham causado grande número de mortes civis e nem mesmo a primeira vez que tais bombardeamentos foram (ou, antes, viriam a ser) considerados controversos. Por exemplo, o bombardeamento de Tóquio em Março de 1945 poderá ter morto até 100.000 pessoas. Cerca de 60 cidades japonesas tinham, por essa altura, sido destruídas por uma campanha aérea massiva, incluindo grandes raides aéreos nas cidades de Tóquio e Kobe. Na Alemanha, o bombardeamento Aliado de Dresden teve como resultado quase 30.000 mortes.
Ao longo de 3½ de envolvimento directo dos E.U.A. na 2ª Guerra Mundial, aproximadamente 400.000 vidas estado-unidenses tinham sido perdidas, cerca de metade das quais na guerra contra o Japão. Nos meses anteriores aos bombardeamentos, da Batalha de Okinawa resultaram as mortes de 50-150.000 civis, 100-125.000 militares Japoneses e cerca de 72.000 militares dos E.U.A.. Esperava-se que uma invasão do Japão traria um número de baixas muitas vezes superior àquele de Okinawa.
A decisão de largar as bombas sobre o Japão foi tomada pelo Presidente dos E.U.A. da altura, Harry Truman. A sua intenção pública de ordenar os bombardeamentos foi de trazer um fim célere à guerra por inflicção de destruição e terror de subsequente destruição, obrigando o Japão a apresentar a sua rendição. Em 26 de Julho, Truman e outros líderes aliados redigiram a Declaração de Potsdam, a qual delineava os termos da rendição do Japão:
"...O poder que agora converge sobre o Japão é imensuravelmente superior ao que, quando aplicado ao Nazis resistentes, semeou de forma necessária a destruição pelas terras, pela indústria e forma de vida de todo o povo alemão. A plena aplicação do nosso poder militar, apoiado pela nossa determinação, significará a inevitável e completa destruição das forças armadas japonesas e a igualmente inevitável e completa devastação da pátria japonesa..."
"...Apelamos ao Governo do Japão que proclame agora a rendição incondicional de todas as forças armadas japonesas, e o fornecimento de garantias próprias e adequadas da sua boa fé em tal acção. A alternativa para o Japão é a rápida e total destruição."
No dia seguinte, jornais japoneses noticiavam que a declaração, cujo texto tinha sido radiodifundido e largado em papéis sobre o Japão, tinha sido rejeitada. A bomba atómica era ainda um segredo fortemente guardado e não mencionado na declaração.

Escolha dos alvos

O Conselho de Alvos (em inglês, Target Committee) de Los Alamos recomendou, a 10 e 11 de Maio de 1945, as cidades de Kyoto, Hiroshima, Yokohama e o arsenal em Kokura como possíveis alvos. O Conselho rejeitou o uso da arma contra um alvo estritamente militar devido à hipótese de falhar um pequeno alvo que não fosse rodeado por uma grande área urbana. Os efeitos psicológicos no Japão eram de enorme importância para os membros do Conselho. Também concordaram entre si que o uso inicial da arma deveria ser suficientemente espectacular e importante por forma a ser reconhecido internacionalmente. O Conselho sentiu que Kyoto, sendo um dos centros intelectuais do Japão, tinha uma população "melhor preparada para compreender o significado da arma". Hiroshima foi escolhida devido à sua grande dimensão e ao potencial de destruição que poderia demonstrar após ser atingida.
O Secretário de Guerra Henry Stimson excluiu Kyoto da lista devido à sua importância cultural, enfrentando objecções do General Leslie Groves, administrador do Projecto Manhattan. De acordo com o Professor Edwin O. Reischauer, Stimson "tinha conhecido e admirado Kyoto desde a altura em que aí tinha passado a sua lua-de-mel, várias décadas antes". O General Carl Spaatz elegeu Hiroshima, Kokura, Niigata e Nagasaki como alvos, pela ordem indicada.

Hiroshima

Hiroshima durante a 2ª Guerra Mundial

Por altura do seu bombardeamento, Hiroshima era uma cidade de considerável valor industrial e militar. Mesmo alguns aquartelamentos militares estavam localizados nas suas imediações, tais como os quartéis-generais da Quinta Divisão e o 2º Quartel-General do Exército Geral do Marechal de Campo Shunroku Hata, o qual comandou a defesa de todo o sul do Japão. Hiroshima era considerada uma base menor de fornecimentos e de logística para os militares japoneses. A cidade era, com efeito, um centro de comunicações, um ponto de armazenamento, e uma zona de reunião para tropas. Era uma das cidades japonesas deixadas deliberadamente intocadas pelos bombardeamentos estado-unidenses, proporcionando um ambiente perfeito para medir o dano causado pela bomba atómica. Outra descrição da época sublinha que após o General Spaatz ter informado que Hiroshima era a única cidade alvo sem campos de prisioneiros de guerra, Washington decidiu atribuir-lhe a máxima prioridade.
O centro da cidade continha vários edifícios de betão armado e outras estruturas mais ligeiras. A área à volta do centro estava congestionada por um denso aglomerado de oficinas de madeira, construídas entre as casas japonesas. Algumas fábricas de maior dimensão estavam estabelecidas no limite urbano. As casas eram, na sua maioria, de madeira com topos de telha, sendo também de madeira vários dos edifícios fabris. A cidade era assim, no seu todo, extremamente susceptível a danos por fogo.
A população de Hiroshima tinha atingido um máximo de mais de 380.000 pessoas no início da guerra, mas ainda antes da bomba atómica a população tinha já começado a diminuir firmemente devido a uma evacuação sistemática ordenada pelo governo japonês. Na altura do ataque, o número de habitantes era de aproximadamente 255.000 pessoas. Este número é baseado no registo populacional que o governo de então utilizava para calcular o número de rações, pelo que as estimativas de trabalhadores e tropas adicionais que entravam na cidade poderão ser inexactas.

O bombardeamento


Um modelo do invólucro da bomba Little Boy, do pós-guerra.
Hiroshima foi o alvo principal da primeira missão de ataque nuclear dos E.U.A., a 6 de Agosto de 1945. O B-29 Enola Gay, pilotado e comandado pelo Coronel Paul Tibbets, descolou da base aérea de Tinian no Pacífico Oeste, a aproximadamente 6 horas de voo do Japão. O dia 6 foi escolhido por ter havido anteriormente alguma formação de nuvens sobre o alvo. Na altura da descolagem, o tempo estava bom e tanto a tripulação como o equipamento funcionaram adequadamente. O Capitão da Marinha William Parsons armou a bomba durante o voo, já que esta se encontrava desarmada durante a descolagem para minimizar os riscos. O ataque foi executado de acordo com o planeado até ao mais pequeno detalhe, e a bomba de gravidade, uma arma arma de fissão de tipo balístico com 60 kg de urânio-235, comportou-se precisamente como era esperado.

Hiroshima, após o bombardeamento.
Cerca de uma hora antes do bombardeamento, a rede japonesa de radar de aviso prévio detectou a aproximação de um avião americano em direcção ao sul do Japão. O alerta foi dado e as radiodifusão foi suspensa em várias cidades, entre elas Hiroshima. O avião aproximou-se da costa a grande altitude. Cerca das 8:00, o operador de radar em Hiroshima concluiu que o número de aviões que se aproximavam era muito pequeno - não mais do que três, provavelmente - e o alerta de ataque aéreo foi levantado. Para poupar combustível, os japoneses tinham decidido não interceptar formações aéreas pequenas, as quais presumiam ser, na sua maioria, aviões meteorológicos. Os três aviões em aproximação eram o Enola Gay (baptizado com o nome da mãe do Coronel Tibbets), The Great Artiste (em português, "O Grande Artista") e um terceiro avião sem nome na altura mas que viria a ser mais tarde baptizado de Necessary Evil ("Mal Necessário"). O primeiro avião transportava a bomba, o segundo tinha como missão gravar e vigiar toda a missão, e o terceiro foi o avião fotógrafo. No aviso radiodifundido foi dito às populações que talvez fosse aconselhável recolherem aos abrigos anti-aéreos caso os B-29 fossem realmente avistados, embora nenhum ataque fosse esperado para além de alguma missão de reconhecimento. Às 8:15, o Enola Gay largou a bomba nuclear chamada Little Boy sobre o centro de Hiroshima. Explodiu a cerca de 600 m do solo, com uma explosão de potência equivalente a 13 kton de TNT, matando um número estimado de 70.000 a 80.000 pessoas. Pelo menos 11 prisioneiros de guerra dos E.U.A. morreram também.Os danos infraestruturais estimam-se em 90% de edifícios danificados ou completamente destruídos.

Percepção japonesa do bombardeamento

O operador de controle da Japanese Broadcasting Corporation, em Tóquio, reparou que a estação de Hiroshima tinha saído do ar. Ele tentou reestabelecer o seu programa usando outra linha telefónica, mas esta também falhou. Cerca de vinte minutos mais tarde, o centro telegráfico de Tóquio verificou que a principal linha telegráfica tinha deixado de funcionar logo ao norte de Hiroshima. De algumas pequenas estações de caminho-de-ferro a menos de 16 km da cidade chegaram notícias não oficiais e confusas de uma terrível explosão em Hiroshima. Todas estas notícias foram transmitidas para o Quartel-General do Estado-Maior japonês.
Bases militares tentaram repetidamente chamar a Estação de Controle do Exército em Hiroshima. O silêncio completo daquela cidade confundiu os homens do Quartel-General; eles sabiam não ter ocorrido qualquer grande ataque inimigo e que não havia uma grande quantidade de explosivos em Hiroshima naquela altura. Um jovem oficial do Estado-Maior japonês foi instruído para voar imediatamente para Hiroshima, para aterrar, observar os danos, regressar a Tóquio e apresentar ao Estado-Maior informação fiável. A opinião mais ou menos geral, no Quartel-General, era de que nada de importante tinha ocorrido, que tudo não passava de um terrível rumor deflagrado por algumas centelhas de verdade.
O oficial dirigiu-se ao aeroporto e descolou em direcção a sudoeste. Após voar durante aproximadamente três horas, ainda a uma distância de 160 km de Hiroshima, ele e o seu piloto viram uma imensa núvem de fumo da bomba. Na solarenga tarde, os restos de Hiroshima ardiam. O avião em breve chegou à cidade, à volta da qual ambos fizeram círculos sem acreditar no que viam. Uma grande cicatriz no solo ainda a arder, coberto por uma pesada núvem de fumo, era tudo o que restava. Aterraram a sul da cidade e o oficial, após contactar com Tóquio, começou imediatamente a organizar medidas de socorro.
O conhecimento por parte de Tóquio do que realmente tinha causado o desastre veio do anúncio público da Casa Branca, em Washington, dezesseis horas após o ataque nuclear a Hiroshima.
O envenenamento por radiação e/ou necrose causaram doença e morte após o bombardeamento em cerca de 1% dos que sobreviveram à explosão inicial. Até ao final de 1945, mais alguns milhares de pessoas morreram devido a envenenamento por radiação, aumentando o número de mortos para cerca de 90.000. Desde então, cerca de mais 1000 pessoas morreram devido a causas relacionadas com radiação.
De acordo com a Cidade de Hiroshima, a 6 de Agosto de 2005, o número total de mortos entre as vítimas do bombardeamento era de 242.437.Esse valor inclui todas as pessoas que estavam na cidade quando a bomba explodiu, ou que foram mais tarde expostas a cinza nuclear e que mais tarde morreram.

Sobrevivência de algumas estruturas

Alguns dos edifícios de betão armado reforçado de Hiroshima foram construídos tendo em mente o perigo, sempre presente, de terramotos, pelo que, muito embora estivessem localizados no centro da cidade, o seu esqueleto não colapsou. Como a bomba detonou no ar, a onde de choque foi orientada mais na vertical (de cima para baixo) do que na horizontal, factor largamente responsável pela sobrevivência do que é hoje conhecido por "Cúpula Genbaku", ou "Cúpula da Bomba Atómica", projectada e construída pelo arquitecto checo Jan Letzel, a qual estava a apenas a 150 m do hipocentro da explosão. A ruína foi chamada de Memorial da Paz de Hiroshima e foi tornada Património Mundial pela UNESCO em 1996, decisão que enfrentou objecções por parte dos E.U.A. e da China.

Eventos de 7 a 9 de Agosto

Após o bombardeamento a Hiroshima, o Presidente Truman anunciou: "Se eles não aceitam os nossos termos, podem esperar uma chuva de ruína vinda do ar nunca antes vista nesta terra." A 8 de Agosto de 1945, panfletos foram largados e avisos foram dados por intermédio da Rádio Saipan. A campanha de panfletos já durava há cerca de 1 mês quando estes foram largados sobre Nagasaki, a 10 de Agosto.Uma tradução em língua unglesa desse panfleto está disponível em PBS.
Um minuto depois da meia-noite de 9 de Agosto, hora de Tóquio, a infantaria, cavalaria e força aérea russas lançaram a invasão da Manchúria. Quatro horas mais tarde, as notícias de que a União Soviética tinha quebrado o seu pacto de neutralidade e declarado guerra ao Japão chegaram a Tóquio. O corpo de líderes do Exército Imperial Japonês recebeu a notícia com quase indiferença, subestimando grosseiramente a escala do ataque. Com o suporte do Ministro da Guerra, Anami Korechika, iniciaram os preparativos para impôr a lei marcial na nação com o objectivo de impedir que alguém tentasse fazer a paz.

Nagasaki

Nagasaki durante a 2ª Guerra Mundial


Urakami Tenshudo (Igreja Católica em Nagasaki) destruída pela bomba atómica, com a sua cúpula ruída.
A cidade de Nagasaki tinha, até à altura, sido um dos maiores e mais importantes portos de mar do sul do Japão, sendo, por isso, de grande importância em tempo de guerra devido à sua abrangente actividade industrial, incluindo a produção de canhões e munições, navios, equipamento militar, e outros materiais de guerra.
Em contraste com os vários aspectos modernos de Nagasaki, a grande maioria das residências era de construção japonesa antiquada, sendo a madeira a principal matéria-prima. Era frequente nem ser sequer usada argamassa na sua construção, e os telhados eram de telha simples. Muitos dos edifícios que albergavam a pequena indústria eram também feitos de madeira ou de outros materiais não concebidos para suportar explosões. Foi permitido a Nagasaki, durante muitos anos, crescer sem obedecer a um plano urbanístico; as residências eram construídas junto a edifícios de fábricas, sendo o espaço entre os edifícios mínimo. Esta situação repetia-se maciçamente por todo o vale industrial.
Até à explosão nuclear, Nagasaki nunca tinha sido submetida a bombardeamentos de larga escala. A 1 de Agosto de 1945, no entanto, várias bombas convencionais de elevada potência foram largadas sobre a cidade. Algumas delas atingiram os estaleiros e docas do sudoeste da cidade. Várias outras atingiram a Mitsubishi Steel and Arms Works e 6 bombas caíram na Escola de Medicina e Hospital de Nagasaki, com três impactos directos nos seus edifícios. Embora os danos destas bombas tenha sido relativamente pequeno, criou preocupação considerável em Nagasaki, tendo várias pessoas - principalmente crianças da escola -, por uma questão de segurança, sido evacuadas para áreas rurais reduzindo, assim, a população da cidade por altura do ataque nuclear.
A norte de Nagasaki existia um campo de prisioneiros de guerra britânicos. Estes encontravam-se a trabalhar em minas de carvão, pelo que apenas se inteiraram acerca do bombardeamento quando retornaram à superfície. Para eles, foi a bomba que lhes salvou as suas vidas. No entanto, pelo menos 8 prisioneiros pereceram, embora um número de até 13 possa ser possível:
1 britânico (esta última referência lista também pelo menos 3 outros prisioneiros que morreram a 9 de Agosto de 1945mas não refere se foram baixas de Nagasaki)
7 holandeses (2 nomes conhecidos) morreram no bombardeamento.
Pelo menos 2 prisioneiros, de acordo com o reportado, morreram no pós-guerra devido a câncro que se supõe ter sido causado pelo bombardeamento atómico.

O bombardeamento


Modelo pós-guerra da bomba Fat Man.
Na manhã de 9 de Agosto de 1945, a tripulação do avião dos E.U.A. B-29 Superfortress, baptizado de Bockscar, pilotado pelo Major Charles W. Sweeney e carregando a bomba nuclear de nome de código Fat Man, deparou-se com o seu alvo principal, Kokura, obscurecido por nuvens. Após três vôos sobre a cidade e com baixo nível de combustível devido a problemas na sua transferência, o bombardeiro dirigiu-se para o alvo secundário, Nagasaki. Cerca das 07:50 (fuso horário japonês) soou um alerta de raide aéreo em Nagasaki, mas o sinal de "tudo limpo" (all clear, em inglês) foi dado às 08:30. Quando apenas dois B-29 foram avistados às 10:53, os japoneses aparentemente assumiram que os aviões se encontravam em missão de reconhecimento, e nenhum outro alarme foi dado.
Alguns minutos depois, às 11:00, o B-29 de observação, baptizado de The Great Artiste (em português "O Grande Artista"), pilotado pelo Capitão Frederick C. Bock, largou instrumentação amarrada a três pára-quedas. Esta continha também mensagens para o Professor Ryokichi Sagane, um físico nuclear da Universidade de Tóquio que tinha estudado na Universidade da Califórnia com três dos cientistas responsáveis pelo bombardeamento atómico. Estas mensagens, encorajando Sagane a falar ao público acerca do perigo destas armas de destruição maçica, foram encontradas pelas autoridade militares, mas nunca entregues ao académico.

Um relato japonês do bombardeamento descreveu Nagasaki como "um cemitério sem uma única lápide de pé.
"Às 11:02, uma aberta de última hora nas nuvens sobre Nagasaki permitiu ao artilheiro do Bockscar, Capitão Kermit Beahan, ter contacto visual com o alvo. A arma Fat Man, contendo um núcleo de aproximadamente 6,4 kg de plutónio-239, foi largada sobre o vale industrial da cidade. Explodiu 469 metros sobre o solo, a cerca de meio caminho entre a Mitsubishi Steel and Arms Works (a sul) e a Mitsubishi-Urakami Ordnance Works (a norte), os dois principais alvos na cidade. De acordo com a maior parte das estimativas, cerca de 40.000 dos 240.000 habitantes de Nagasaki foram mortos instantaneamente, e entre 25.000 a 60.000 ficaram feridos. No entanto, crê-se que o número total de habitantes mortos poderá ter atingido os 80.000, incluindo aqueles que morreram, nos meses posteriores, devido a envenenamento radiactivo.

Os hibakusha

Os sobreviventes do bombardeamento são chamados de hibakusha (???), uma palavra japonesa que é traduzida literalmente por "pessoas afectadas por bomba". O sofrimento causado pelo bombardeamento foi a raiz do pacifismo japonês do pós-guerra, tendo este país, desde então, procurado a abolição completa das armas nucleares a nível mundial. Em 2006, há cerca de 266.000 hibakusha ainda a viver no Japão.

Debate acerca dos bombardeamentos

Apoio à utilização de armamento atómico

Embora os apoiantes do bombardeamento concedam que as autoridades civis japonesas estivessem, desde Janeiro de 1945 e logo a seguir à invasão de Luzon (Filipinas), a enviar cautelosa e discretamente vários comunicados, apontam também o facto de os oficiais militares japoneses, antes do uso da bomba atómica, se oporem em unanimidade a quaisquer negociações.
Embora alguns membros das autoridades civis tenham usado dissimuladamente canais diplomáticos para iniciar as negociações pela paz, por si só não poderiam negociar uma rendição ou mesmo um cessar-fogo. O Japão, sendo uma Monarquia constitucional, apenas poderia entrar num tratado de paz com o apoio unânime do gabinete japonês, e todo este era dominado por militaristas do Exército Imperial Japonês e da Marinha Imperial Japonesa, sendo todos inicialmente opostos a qualquer tratado de paz. Na altura, chegou-se a uma situação de empate político entre os líderes civis e militares, estando estes últimos cada vez mais determinados a lutar sem olhar a custos e eventuais desfechos. No pós-guerra, vários continuaram a acreditar que o Japão poderia ter negociado termos de rendição mais favoráveis caso tivessem continuado a infligir alto nível de baixas nas forças inimigas, terminando, eventualmente, a guerra sem uma ocupação do Japão e sem a mudança de Governo.
O historiador Victor Davis Hanson chama a atenção para a resistência japonesa crescente, fútil como foi em retrospecto, como a guerra veio a sua conclusão inevitável. A Batalha de Okinawa mostrou esta determinação de lutar a todo custo. Mais de 120.000 tropas japonesas e 18.000 tropas americanas foram mortas na batalha mais sangrenta do teatro do Pacífico, somente 8 semanas antes da rendição final do Japão. Na verdade, mais civis morreram na Batalha de Okinawa que na explosão inicial das bombas atômicas. Quando a União Soviética declarou guerra contra o Japão em 8 de agosto de 1945 e conduziu a Operação Tempestade de Agosto, o Exército Imperial Japonês ordenou que suas forças fracas e sem suprimento na Manchuria lutassem até o último homem. O Major General Masakazu Amanu, chefe da seção de operações nos quartéis generais imperiais japoneses, declarou que ele estava absolutamente convencido que suas preparações defensivas, que começaram no começo de 1944, poderia repelir qualquer invasão Aliada de suas ilhas com as mínimas perdas. Os japoneses não desistiriam facilmente por causa de sua forte tradição de orgulho re honra—muitos seguiam o Código Samurai e lutariam até o último homem ser morto.
Após a descoberta de que a destruição de Hiroshima tinham sido por uma arma nuclear, os líderes civis ganharam mais e mais firmeza em seus argumentos que o Japão tinha que admitir sua derrota e aceitar os termos da Declaração de Potsdam. Mesmo após a destruição de Nagasaki, o Imperador mesmo precisou intervir para terminar um impasse gabinete.
De acordo com alguns historiadores japoneses, os líderes civis japoneses que eram a favor da rendição viram sua salvação no bombardeio atômico. Os militares japoneses estavam steadfastly recusando a desistir, como estavam os militares no gabinete de guerra. (Porque o gabinete funcionava por consenso, até mesmo um holdout podia prevent it de aceitar a Declaração). Thus a facção da paz seized on the bombing como um novo argumento para forçar a rendição. Koichi Kido, um dos conselheiros mais próximos do Imperador Hirohito, declarou: "Nós do partido da paz fomos ajudados pela bomba atômica em nosso endeavor de acabar a guerra. " Hisatsune Sakomizu, o secretário chefe do gabinete em 1945, chamou o bombardeio de "uma oportunidade de ouro dada pelos céus para o Japão acabar com a guerra." De acordo com estes historiadores e com outros, a liderança civil pró-paz pode usar a destruição de Hiroshima e Nagasaki para convencer os militares que nenhuma quantidade de coragem, habilidade e combate sem medo poderia ajudar o Japão contra o poder das armas atômicas. Akio Morita, fundador da Sony e oficial da Marinha Japonesa durante a guerra, também conclui que foi a bomba atômica e não os bombardeios convencionais dos B-29s que convenceram os militares japoneses a concordarem com a paz.
Apoiadores do bombardeio também apontaram que esperar que os japoneses se rendessem não era uma opção sem custo—como um resultado da guerra, não combatentes estavam morrendo por toda a Ásia em uma taxa de cerca de 200.000 por mês. O Bombardeio de Tóquio na II Guerra Mundial tinha matado muito mais de 100.000 pessoas no Japão, desde fevereiro de 1945, diretamente e indiretamente. Que os bombardeios convencionais intensivos teriam continuado antes de uma invasão. O bloqueio submarino, a operação de minas navais das Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos e a Operação Salvação tinham efetivamente cortado as importações do Japão. Uma operação complementar, contra as ferrovias do Japão, estava preste a começar, isolando as cidades do sul de Honshu da comida que crescia em outros lugares de suas ilhas. Isto, combinado com o atraso nos suprimentos de alívio dos Aliados, poderia ter resultado em uma estatística de morte muito maior em Japão, devido à fome e a mal nutrição, que a que realmente aconteceu nos ataques. "Imediatamente depois da derrota, alguns estimavam que 10 milhões de pessoas poderiam ter morrido de fome", nota o historiados Daikichi Irokawa. Enquanto isto, em adição aos ataques soviéticos, ofensivas foram programadas para setembro no sul da China e Malásia.
Os americanos anteciparam a perda de muitos soldados na Operação Downfall, apesar do número real da Operação Downfall ser sujeito de algum debate. Ele dependeria da persistência e da reabilitação da resistência japonesa ou de se os americanos teriam invadido somente Kyushu em novembro de 1945 ou se uma seguida aterrizagem perto de Tóquio, projetada para março de 1946, teria sido necessária. Anos após a guerra, o Secretário de Estado James Byrnes clamou que 500.000 vidas americanas teriam sido perdidas—e este número tem sido repetido desde então autoritariamente, mas no verão de 1945, planejadores militares dos EUA projetaram 20.000-110.000 mortes em combate da invasão inicial de novembro de 1945, com cerca de três a quatro vezes este número de feridos. (O total de mortes em combate dos EUA em todas as frentes na II Guerra Mundial em quase quatro anos de guerra foram 292.000). Entretanto, estas estimativas foram feitas usando a inteligência que brutalmente subestimou a força japonesa reunida para a batalha de Kyushu em número de soldados e kamikazes, by factors of pelo menos três. Muitos conselheiros militares asseguravam que um cenário pessimista poderia envolver até 1.000.000 casualidades americanas. .
Além disto, a bomba atômica acelerou o fim da Segunda Guerra Mundial na Ásia liberando centenas de milhares de cidadãos ocidentais, incluindo cerca de 200.000 holandeses e 400.000 indonésios ("Romushas") de campos de concentração japoneses. Além disto também, as atrocidades japonesas contra milhões de chineses, tais como o Massacre de Nanking, tiveram um fim.
Apoiadores também apontam para uma ordem dada pelo Ministro da Guerra japonês em 11 de agosto de 1944. A ordem lidava com a disposição e execução de todos os POWs Aliados, somando mais de 100.000, se uma invasão da mainland dos japoneses aconteceu. (É também provável que, considerando o tratamento prévio dado aos POWs pelo Japão, foram ao Aliados to wait out Japão e starve it, os japoneses teriam matado todos os POWs Aliados e prisioneiros chineses).
Em resposta ao argumento que a matança de civis em larga escala era imoral e um crime de guerra, apoiadores dos bombardeios tem argumentado que o governo japonês waged guerra total, ordenando muitos civis (incluindo mulheres e crianças) a trabalhar em fábricas e escritórios militares e lutar contra qualquer força invasora. O padre John A. Siemes, professor de filosofia moderna na Universidade Católica de Tóquio e uma testemunha ocular ao ataque da bomba atômica em Hiroshima escreveu:
"Nos discutimos entre nós mesmos a ética do uso da bomba. Alguns a consideram na mesma categoria que o gás venenoso e eram contra seu uso em uma população civil. Outros eram do ponto de vista que na guerra total, como carried on no Japão, não havia diferença entre civis e soldados e que a bomba em si era uma força efetiva tending acabar com o derramamento de sangue, alertando ao Japão que se rendesse e assim evitando a destruição total. Parece lógico para mim que aquele que apóia a guerra total em princípio não pode reclamar contra da guerra contra civis."
    Um argumento extra contra a acusação de crimes de guerra, alguns apoiadores dos bombardeios tem enfatizado a significância estratégica de Hiroshima, as the Japanese 2nd army's headquarters, and of Nagasaki, como um grande centro de fabricação de munição.

Alguns historiadores clamaram que planejadores dos EUA também queriam terminar a guerra rapidamente para minimizar a potencial aquisição soviética dos territórios dominados pelos japoneses.
Finalmente, apoiadores também apontam os planos japoneses, devised por sua Unidade 731 de lançar os planos Kamikazes laden com uma praga bubônica de moscas infestadas para infectar a população de São Diego, Califórnia. A data alvo era para ser 22 de setembro de 1945, apesar de ser improvável que o governo japonês teriam permitido que tantos recursos fossem desviados de propósitos defensivos.

Oposição ao uso de bombas atômicas

O Projecto Manhattan tinha sido concebido originariamente como um contra-ataque ao programa da bomba atómica da Alemanha Nazi, e com a derrota da Alemanha, vários cientistas que trabalhavam no projecto sentiram que os EUA não deveriam ser os primeiros a usar tais armas. Um dos críticos proeminentes dos bombardeios era Albert Einstein. Leo Szilard, um cientista que tinha um papel fundamental no desenvolvimento da bomba atómica, argumentou: "Se tivessem sido os alemães a lançar bombas atómicas sobre cidades ao invés de nós, teríamos considerado esse lançamento como um crime de guerra, e sentenciado à morte e enforcado os alemães considerados culpados desse crime no Tribunal de Nuremberg".
O seu uso tem sido classificado como bárbaro, visto que cem mil civis foram mortos, e as áreas atingidas eram conhecidas por serem altamente povoadas por civis. Nos dias imediatamente anteriores ao seu uso, vários cientistas (inclusive o físico nuclear americano Edward Teller) defendiam que o poder destrutivo da bomba poderia ter sido demonstrado sem causar mortes.
A existência de relatos históricos que indicam que a decisão de usar as bombas atómicas foi feita com o objetivo de provocar uma rendição através do uso de um poder imponente, juntamente com as observações de que as bombas foram usadas propositadamente sobre alvos que incluíam civis, fez com que alguns comentaristas observassem que o incidente foi um acto de terrorismo de estado. O historiador Rober Newman, que é a favor da decisão de lançar as bombas, levou a alegação de terrorismo de estado tão a sério que argumentou que a prática de terrorismo é justificável em alguns casos.
Outros têm alegado que os japoneses já estavam essencialmente derrotados, e portanto o uso das bombas foi desnecessário. O general Dwight D. Eisenhower assim aconselhou o Secretário de Guerra, Henry L. Stimson, em julho de 1945. O oficial de maior patente no Cenário do Pacífico, general Douglas MacArthur, não foi consultado com antecedência, mas afirmou posteriormente que não havia justificativas militares para os bombardeios. A mesma opinião foi expressa pelo Almirante da Frota William D. Leahy (o Chefe de Gabinete do Presidente), general Carl Spaatz (comandante das Forças Aéreas Estratégicas dos E.U.A. no Pacífico), e o brigadeiro general Carter Clarke (o oficial da inteligência militar que preparou cabos japoneses interceptados para os oficiais americanos);Major General Curtis LeMay; e o almirante Ernest King, Chefe das Operações Navais dos E.U.A., e o Almirante da Frota Chester W. Nimitz, Comandante-chefe da Frota do Pacífico.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Olho de Hórus e seus significados:

horusÉ um outro antigo símbolo egípcio. Representa o olho divino do deus Hórus, as energias solar e lunar, e freqüentemente é usado para simbolizar a proteção espiritual e também o poder clarividente do Terceiro Olho.Olho de Hórus ou 'Udyat' é um símbolo, proveniente do Egito Antigo, que significa Proteção e poder, relacionado à divindade Hórus. Era um dos mais poderosos e mais usados amuletos no Egito em todas as épocas. Segundo uma lenda, o olho esquerdo de Hórus simbolizava a Lua e o direito, o Sol. Durante a luta, o deus Set arrancou o olho esquerdo de Hórus, o qual foi substituído por este amuleto, que não lhe dava visão total, colocando então também uma serpente sobre sua cabeça. Depois da sua recuperação, Horus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Set.


Olho de Hórus ou 'Udyat' é um símbolo, proveniente do Egito Antigo, que significa Poder e Morte, relacionado à divindade Hórus. Era um dos mais poderosos e mais usados amuletos no Egito em todas as épocas.

Segundo uma lenda, o olho esquerdo de Hórus simbolizava a Céu e o direito, Inferno. Durante a luta, o deus Seth arrancou o olho esquerdo de Hórus, o qual foi substituído por este amuleto, que não lhe dava visão total, colocando então também uma serpente sobre sua cabeça. Depois da sua recuperação, Horus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth. Era a união do olho humano com a vista do falcão, animal associado ao deus Hórus. Era usado, em vida, para afugentar o mau-olhado e, após a morte, contra o infortúnio do Além.Costuma ser confundido normalmente com o olho da providência.
Eye of Horus-Olho de Hórus

O Olho de Hórus e a grande serpente Anaconda que foi encontrada no rio nilo proveniente da amazonia na grande divisão da pangea, cuja serpente simbolizavam poder real tanto que os faraós passaram a maquiar seus olhos como o Olho de Hórus e a usarem serpentes esculpidas na coroa. Os antigos acreditavam que este símbolo de indestrutibilidade poderia auxiliar no renascimento, em virtude de suas crenças sobre a alma.
 

Os textos acima foram tirados de diferentes fontes,observe que apesar de serem parecidos,em alguns momentos alteram os fatos completamente.No primeiro texto afirma-se que, Olho de hórus significa "Proteção e Poder",e no segundo "Poder e Morte".Não é uma  grande diferença,mais só por curiosidade quando for pesquisar um assunto na internet,veja a definição por varias fontes,pois um simbolo do bem pode ser considerado satanico e vice-e-versa.


Mais definições? coloque nos comentarios!
Obrigada!


sábado, 19 de março de 2011

O Feudo


Trabalhadores do Feudo.
Os feudos eram os núcleos com base nos quais a sociedade feudal se organizou. Por volta do ano 1000, a maioria das pessoas na Europa ocidental vivia em feudos. Nesse período, a terra converteu-se no bem mais importante, por ser a principal fonte de sobrevivência e de poder.
As terras do feudo distribuíam-se da seguinte forma:
  • Manso senhorial – Representava cerca de um terço da área total e nela os servos e vilões trabalhavam alguns dias por semana. Toda produção obtida nessa parte da propriedade pertencia ao senhor feudal.
  • Manso servil – Área destinada ao usufruto dos servos. Parte do que era produzido ali era entregue como pagamento ao senhor feudal.
  • Terras comunais – Era a parte do feudo usada em comum pelos servos e pelos senhores. Destinava-se à pastagem do gado, à extração de madeira e à caça, direito exclusivo dos senhores.
Os servos, principal mão-de-obra dos feudos, deviam varias obrigações ao senhor feudal, destacando-se:
  • A corvéia – prestação de trabalho gratuito durante vários dias da semana no manso senhorial;
  • A talha – entrega ao senhor de parte da produção obtida no manso servil;
  • A banalidade – pagamento de taxa pelo uso do forno, do lagar (onde se fazia o vinho) e do moinho, dentre outros equipamentos do feudo;
  • O censo – pagamento efetuado com parte da produção em dinheiro, ao qual estavam obrigados somente os vilões ou homens livres;
  • A capitação – imposto per capita (por cabeça), pago apenas pelos servos;
  • A mão-morta – taxa paga pelos familiares do servo para continuar explorando a terra após sua morte.
Essas e outras formas de pagamento eram compulsórias. Por meio delas, transferia-se para o senhor feudal a maior parte da produção.
Os camponeses tinham de viver com o pouco que sobrava. Moravam em casa de madeira, sem divisões internas, com telhado de palha e chão batido. Assim como os senhores, em sua maioria não sabiam ler nem escrever. Vestiam-se com roupas de lã, linho ou couro. Seu divertimento, geralmente, estava relacionado à fé cristã e aos festejos comemorativos por ocasião do plantio e da colheita.

A Sociedade feudal

A sociedade feudal é dividida em três grandes ordens. A primeira compreendia os integrantes do Clero, que cuidavam da fé cristã. A segunda reunia a Nobreza por um todo, responsáveis pela guerra e pela segurança. Já a última ordem era aquela constituída pelos Servos, que trabalhavam para sustentar toda população.
A mobilidade social praticamente inexistia. Rígidas tradições e vínculos jurídicos determinavam a posição social de cada indivíduo desde o nascimento.
Na sociedade feudal, a honra e a palavra tinham importância fundamental. Desse modo, os senhores feudais ligavam-se entre si por meio de um complexo sistema de obrigações e tradições.
A fim de obter proteção, os senhores feudais geralmente procuravam por outro senhor mais poderoso, jurando-lhe fidelidade e obediência. Chamava-se vassalo, o senhor feudal que pedia proteção a outro. Essa aliança deveria ser consolidada pelo senhor mais poderoso, o suserano, por meio da concessão de um feudo, que podia ser constituído de terras ou de bens ou de ambos.
Nesse sistema, o vassalo devia várias obrigações ao seu suserano, como o serviço militar, por exemplo. Por essa razão, quanto maior o número de vassalos, maior o prestígio e o poder de um suserano. O compromisso estabelecido nesse sistema tinha caráter sagrado e constituía falta grave sua violação.

 Os trabalhadores do feudo (servos)

A terceira ordem da sociedade da Alta Idade Média era formada pelos servos. A relação que se deu inicialmente entre os colonos e os proprietários das vilas romanas pode explicar a origem de servidão no feudalismo.
Diferentemente dos escravos, os servos estavam presos à terra e dali não podiam sair. Mesmo que um feudo mudasse de senhor, não poderiam ser expulsos dele, passando a prestar obrigações ao novo senhor.
Além dos servos, havia os vilões, pequenos proprietários que, por algum motivo, tinham entregado suas terras a um senhor. Embora livres, deviam várias obrigações ao dono do feudo.
Os escravos, em número reduzido e mantidos apenas em algumas regiões próximas ao Mediterrâneo, trabalhavam em atividades domésticas.
Havia diferenças, de fato, entre o servo e o escravo. O servo tinha o direito à sua vida, garantia que o escravo não conhecia, pois podia até ser morto pelo amo. Além disso, ainda que entregasse grande parte da colheita ao senhor, o servo produzia sua própria economia. Entretanto, a condição de exploração de ambos era semelhante. Os servos ficavam à mercê de circunstâncias quase tão cruéis quanto as enfrentadas pelos escravos.

A Formação do Feudalismo

Os romanos, a exemplo dos gregos, chamavam de "bárbaros" a todos aqueles que não tinham seus costumes e que não falavam sua língua. Entre esses povos, estavam os germanos, cujas invasões provocariam a desestruturação do Império Romano do Ocidente.
A partir do fim do século III, com o enfraquecimento do poderio de Roma, alguns povos que habitavam nas proximidades das fronteiras do Império começaram a se instalar pacificamente em seu território, como aliados, isto é, como colonos e, sobretudo, como soldados.
No final do século IV, os hunos, povo guerreiro de origem asiática, chegaram a Europa oriental e mudaram esse quadro, acelerando o processo de desintegração do Império Romano. Praticamente empurrados pelas invasões dos hunos, os povos germânicos levariam de roldão as fragilizadas defesas das fronteiras romanas. Assim, francos, burgúndios, alamanos, ostrogodos, visigodos, anglo-saxões invadiam e pilhavam as cidades do Império.
Invasões bárbaras do Império Romano, mostrando a Batalha de Adrianópolis
Em 410, os visigodos ocuparam a península Itálica, tomando e saqueando Roma. Os vândalos, por sua vez, avançaram pela península Ibérica, atravessaram o estreito de Gibraltar e estabeleceram-se no norte da África.
O golpe definitivo ocorreu em 476, quando Odoacro, chefe dos hérulos, destronou o imperador de Roma, pondo fim ao Império Romano do Ocidente. Esse acontecimento assinala a passagem entre Antiguidade e a Idade Média na Europa, mas também alguns historiadores acreditam em outras formas de passagem entre as mesmas, por exemplo: divisão do império em oriente e ocidente, deposição do ultimo imperador no ocidente ou a liberdade de culto para os cristãos.
Assim, ao término do século V, toda a porção ocidental do Império Romano, agora sob o domínio dos germanos, começava a assumir uma configuração inteiramente diversa, do ponto de vista de sua organização social, política e econômica. Era o mundo feudal que começava a se formar.
Mas seriam necessários mais de três séculos para que as estruturas da nova sociedade estivessem plenamente consolidadas. Nesse período, a administração centralizada do Império Romano daria lugar a diversos reinos, como o dos ostrogodos, o dos francos e outros nos quais vigoravam formas descentralizadas de poder.
De todos os reinos feudais, o mais duradouro foi o dos francos. Por volta do século IX, seu poder era tão grande que alguns acreditavam na possibilidade de o Império Romano do Ocidente voltar a surgir.
A base social dos reinos feudais se constituiria a partir do encontro e da combinação de tradições, costumes, crenças e estruturas sociais herdadas dos romanos e dos povos germânicos.

 Vilas: uma tradição romana

Bayeux Tapestry WillelmDux.jpg
Ao longo de todo processo de desagregação do Império Romano do Ocidente, que durou cerca de duzentos anos, as cidades se despovoaram, enquanto o comércio e a produção artesanal entraram em declínio. Sem dinheiro para manter as fronteiras, o imperador não conseguia garantir a integridade do território. Para se proteger, a população abandonava as cidades, principais alvos dos povos invasores.
Ao mesmo tempo, com o fim das guerras de expansão do Império, a mão-de-obra escrava, base da economia romana, praticamente desapareceu. Com isso, as grandes propriedades rurais escravistas – os latifúndios – perderam importância.
No lugar dos latifúndios, começaram a surgir as vilas, grandes propriedades rurais que tinham por objetivo a auto-suficiência, tendo em vista que o fluxo comercial diminuiu com as invasões. Nas vilas, a mão-de-obra principal passou a ser dos colonos, trabalhadores que entregavam parte do que produziam ao senhor, em troca da permissão de uso da terra do senhor. Com o passar do tempo, os pequenos agricultores também entregariam suas terras aos grandes proprietários em troca de proteção.
Essas vilas e as relações nelas estabelecidas contribuíram para a formação dos feudos, unidade básica de todo o sistema feudal.
Feudo também era em benefício, muitas vezes uma área territorial, que o senhor doava a um nobre. Aquele que fazia a doação era chamado de suserano ou senhor, enquanto o que recebia a doação chamava-se vassalo. O vassalo não era proprietário do feudo - ele podia apenas usufruir desse bem. Portanto, ele estava proibido de fazer qualquer negociação que envolvesse a venda da terra. A partir do século IX, o feudo tornou-se um bem hereditário. Ao receber a doação, o vassalo tornava-se senhor das terras que recebia. Ele então podia doar parte dessas terras a outro homem e, assim, tornar-se também um suserano ou senhor.

 A contribuição dos povos germânicos

A intensificação das invasões germânicas na Europa ocidental trouxe mudanças e acrescentou novos elementos à sociedade que se formava.
Os povos germânicos trouxeram consigo certos costumes que se incorporaram à sociedade nascente, como o padrão de justiça, baseada na tradição (consuetudinário), e noções de honra e lealdade, que fundamentavam as relações entre o chefe guerreiro e seus comandados.
Prática comum entre os germânicos, o ato de conceder terras como recompensa aos homens que se destacavam nos combates foi consolidada nesse período. Assim, à medida que avançavam e se instalavam no território romano, os guerreiros tornavam-se senhores de terras. A união entre eles e seus comandantes baseava-se apenas na lealdade e na palavra. Assim, os novos senhores da terra passavam a ser praticamente independentes dentro de seus domínios, que agregavam germânicos e romanos. Com o tempo, eles se transformariam em senhores feudais, e a administração fortemente centralizada do Império Romano daria lugar a um poder descentralizado.

 O papel da Igreja e as novas invasões

A Igreja Católica representou papel fundamental na formação e consolidação do feudalismo. Era a maior e a mais poderosa instituição do período. Sua influência alastrou-se aos poucos entre os povos romanos e germânicos, transformando-a no principal elo de toda a população e garantindo certa uniformidade cultural à Europa ocidental.
No século IX, não existia na Europa ocidental quem não acreditasse em Deus. Controlando a , a Igreja normatizava os costumes, a produção cultural, o comportamento e, sobretudo, a ordem social. Aqueles que se desviavam de suas normas eram rigorosamente punidos. Sua influência também se fazia sentir na política, ao sagrar reis e legitimar o poder dos senhores feudais.
A Igreja se transformaria também na maior proprietária de terras da Europa ocidental, em um período em que a terra era a principal fonte de poder e de riqueza.
A nova organização social que despontava na Europa com a desagregação do Império Romano – o feudalismo – só assumiu sua forma mais acabada por volta dos séculos VIII e IX. Nessa época, outra onda de invasões, desta vez empreendidas pelos povos árabes, húngaros, eslavos e normandos (ou vikings), isolou a Europa ocidental do Oriente. O clima de insegurança e isolamento criado pela nova onda de invasões dificultava a circulação de pessoas, debilitando ainda mais as atividades comerciais e a força das cidades.
O poder político se transferiu para os grandes proprietários de terras, os senhores feudais, a quem a população recorria para pedir proteção. A partir do século III, o Império Romano conheceu um longo processo de desestruturação e um dos principais fatores desta foi a grande extensão das suas fronteiras.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Holocausto

Nossa relação com o passado se dá de diferentes formas e a partir da interpretação das experiências vividas,o Homem passa a ditar determinadas ações de sua vida cotidiana geralmente,as experiências ruins são respondidas com ações e idéias que evitam a repetição de um mesmo infortúnio.Um claro caso desse tipo de relação do passado pode ser notado quando fazemos menção ao holocausto.

Adolf hitler

         O Holocausto foi uma prática de perseguição política,Étnica,religiosa e sexual estabelecida durante os anos de governo Nazista Adolf Hitler.Segundo a ideologia  Nazista,a Alemanha deveria superar todos os entraves que impediram a formação de uma nação composta por seres superiores.De acordo com esta mesma idéia,o povo legitimamente Alemão era descendente dos Arianos,um antigo povo que - segundo os etnólogos Europeus do século XIX tinham pele branca e deram origem a civilização Européia.
         Dessa forma, para que a supremacia racial Ariana fosse conquistada pelo povo Alemão,o governo Hitler passou a pregar ódio contra aqueles que impediram a pureza racial dentro de território Alemão.De acordo com o Discurso Nazista,os maiores culpados por impedirem esse processo de eugenia étnica  eram os ciganos e principalmente os Judeus.
          Com Isso,Hitler passou a perseguir e forçar o isolamento em guetos do povo Judeu da Alemanha.
    Dado o inicío da Segunda Guerra Mundial,o governo Nazista criou campos de concentração  onde os Judeus e ciganos eram forçados a viver e trabalhar.Nos campos,ou concentrados eram obrigados a trabalhar nas industrias  Vitais para a sustentação da Alemanha na Segunda Guerra Mundial.Além disso,os ocupantes dos campos  viviam em condição insalubres,tinham péssima alimentação,sofriam torturas e eram utilizados como cobaias em experimentos ciêntificos.